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Joaquim Levy tem recebido pouca atenção da presidente. Recentemente, um funcionário notou que nem os incontáveis e-mails diários ela anda respondendo.

Nas reuniões internas de governo, o ministro da Fazenda passou a ser constantemente questionado pelos colegas e pela própria chefe. A discordância aumentou à medida que a crise econômica acelerou a queda na popularidade de Dilma Rousseff.

Auxiliares definem o “climão”. Há apenas seis meses no cargo, Levy foi parar na “geladeira”. Trata-se de um destino comum para quem convive com a presidente. Quando ela se aborrece com algo, manda o assessor para a “Sibéria”, como se brinca no Planalto, até que sua paciência seja restabelecida.

Ministros explicam que tem sido difícil para ela renegar as suas próprias convicções para devolver, com um ajuste fiscal que fatalmente condenaria em tempos normais, a estabilidade econômica. A situação política, dizem, acentua essa ansiedade.