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CEARÁ CHEGA AO 100% ATAQUE A BANCO EM 2012


 CEARÁ CHEGA AO 100º ATAQUE A BANCO EM 2012.

Um levantamento divulgado peloSindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) mostra que cem ataques a bancos já foram registrados no estado somente até outubro de 2012 e os dados já representam o dobro do que foi contabilizado em todo o ano de 2011.

Contrariando as estatísticas informadas nos anos anteriores, o tipo de ação mais comum em 2012 foi o chamado saidinha/chegadinha bancária, com 34 ocorrências contabilizadas no ano. Em 2011, apenas dois registros desse tipo foram divulgados e nenhum em 2010, segundo os dados presentes no site do sindicato.

Os números registrados de saidinha/chegadinha ainda estão longe da realidade, segundo o diretor do SEEB/CE Bosco Mota ao destacar o aumento expressivo desse tipo de ação neste ano. “Muitos casos não chegam à polícia, porque o pessoal fica com medo de se expor e deixa de denunciar. Mas nossos dados são baseados em informações passadas pelos bancários de cada agência”, diz.


Mota acredita que a impunidade é o principal responsável por esse crescimento. “Infelizmente, essa é a principal causa. A polícia prende os acusados, mas eles são soltos logo no outro dia. Os ataques a banco se transformaram em algo comum no Ceará. No Interior, a coisa está tão complicada que os moradores não querem morar em casas próximas a agências bancárias pelo medo da ação desses criminosos”, acrescenta.
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Ataques já atingiram metade do território cearense

Os dados também apontam que quase 50% do território cearense já foi alvo de ataques a bancos no período entre 2008 e 2012. Dos 184 municípios do Ceará, as agências de cerca de 91 cidades no estado já sofreram ações violentas.
O levantamento mostra que o número de ações sempre foi maior em cidades do interior, mas os ataques a banco em Fortaleza têm crescido nos últimos anos. Enquanto 18 foram registrados em Fortaleza no ano de 2011, 44 foram contabilizados em 2012. No interior, 56 casos de assaltos, arrombamentos, saidinhas, entre outros, aconteceram neste ano.

Secretaria não reconhece os números

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não reconhece os dados divulgados pelo sindicato por discordar da metodologia utilizada para contabilização desses ataques. A SSPDS informa que o registro de saidinha/chegadinha bancária não pode ser tratado como ataque a banco por ser tipificado, no código penal, como crime de roubo a pessoa. A secretaria, porém, acredita que a iniciativa da categoria é importante para pressionar os bancos a reforçarem a segurança nessas agências.

Fonte: Jangadeiro

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