CIDADE DE SEABRA - BAHIA CHAPADA DIAMANTINA
Origens do Município:
Segundo o IBGE, os primeiros núcleos
de povoamento da Chapada Diamantina surgiram no início do século XVIII,
com o crescimento das minas de ouro de Jacobina e Rio de Contas. A
Coroa Portuguesa determinou uma abertura de uma estrada que ligasse as
duas regiões de exploração aurífera. Esta estrada, chamada de “Estrada
Real”, contava hoje as terras pertencentes ao município do Seabra, até
então desertas. Muitos portugueses foram atraídos pelo garimpo
do ouro, mas desiludidos com as exigências do Império vinculadas ao
precioso metal, se fixaram naquela região, dedicando-se à agricultura e
pecuária. O primeiro núcleo de povoamento foi a Vila de Iraporanga (Ex-Esconso e Parnaíba), hoje pertencente ao Município de Iraquara. A
cidade de Seabra antes denominada de PASSAGEM BONITA DE NOSSA SENHORA
DE JACOBINA também ficou conhecida por PASSAGEM BONITA DE SÃO SEBASTIÃO
(após construção da igrejinha do santo) e com o crescimento do povoado
do outro lado do rio cocho, por COCHO DO PEGA, pois os viajantes ficavam
na localidade ao pousarem após longa caminhada. Provavelmente,
na mesma época surge a povoação de Campestre que foi a primeira Sede do
município. Campestre pertencia na época ao município de Nossa Senhora do
Livramento do Rio de Contas. Em 15 de Março de 1847 foi elevada à Sede
de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Campestre, confirmada pela
Lei Providencial 899 de 15 de Maio de 1863 que criava o distrito de paz
de campestre. Posteriormente em 1868 foi Freguesia de campestre
elevado à categoria de vila com a denominação de vila agrícola de
campestre pela Lei Provincial de número 2652 de 14 de Maio de 1889 que
também criava o município de Campestre com território desmembrado de
Lençóis, sendo instalado categoria de cidade pelo Decreto 491. Distrito
de Jatobá, hoje Baraúnas pela Lei Estadual 776 de 265 de maio de 1910. Há
relatos da tradição oral, segundo a qual, no início do século XIX houve
uma grande fome que atingiu a região da Chapada Diamantina, a qual
provocou uma grande onda de emigração dessa região para outros lugares. Transferência da sede de campestre para o povoado do Cochó do Pega Em
22 de Março de 1922, conforme ata do conselho municipal, já se pensava
na transferência da Sede do município de Campestre para o Povoado de São
Sebastião do Cochó – a proposta foi apresentada verbalmente pelo
Conselheiro Manoel Muniz Barbosa, mas deixava a transferência a critério
do Sr. Intendente do Diretório Político e do Coronel Horácio de Matos. Em
1929, o Coronel Horácio de Matos fez a transferência para a referida
povoação que passou a se chamar Dr. Seabra. Não se tem conhecimento de
nenhum ato que oficialize a transferência. Em 27 de Agosto, a
Lei Estadual nº 1125 oficializava a nova denominação. Depois, os
Decretos estaduais nº 7453, de Junho de 1931 e 7459, de 8 de Julho do
mesmo ano, simplificam o nome da cidade e do município que passaram a
ter a denominação de Seabra. A construção da BR-242 e a história contemporânea Em
seguida, nas décadas seguintes não ocorreram eventos históricos
significativos. Uma exceção a isso foi a construção da Rodovia BR-242,
obra planejada durante o Governo de Juscelino Kubistchek e executada nos
anos 1970, após a aprovação do Plano Nacional de Viação de 1973, que
promoveu um crescimento da cidade, acompanhado de novas imigrações
oriundas do acesso aos transportes. Nessa época, é ampliada a rede
bancária do Município, além da instalação de repartições públicas, a
exemplo do DERBA (Departamento de Estradas e Rodagens da Bahia). Em
setembro de 1971, a região da Chapada Diamantina, e por extensão a
cidade de Seabra (BA), são impactadas com a descoberta de que o
militante comunista Carlos Lamarca, ex-tenente e líder da Vanguarda
Popular Revolucionária (VPR), se encontrava na região. Equipes dos
órgãos de repressão da Ditadura Militar vão para a Chapada Diamantina e
iniciam um caçada feroz que acaba com a execução de Lamarca no dia 17 de
setembro de 1971 no povoado de Pintada, no Município de Brotas de
Macaúbas (Estado da Bahia). Novo período de ostracismo histórico
que é rompido em 31 de outubro de 2002, quando foi criado o Campus
XXIII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), por meio do Decreto
Estadual nº 8.354/02. Em 2003, foi autorizado o funcionamento do curso
de Letras na referida unidade universitária.
Fonte: Prefeitura Municipal de Seabra ano 2012
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