POPOZUDA NPOSA NUA EM CLIMA DE PROTESTO, MAS SE DIZ CONTRA O ABORTO
terça-feira, 26 de junho de 2012
Popozuda posa nua em clima de protesto, mas se diz contra o aborto
Se o Brasil tivesse que enviar uma
representante para discursar na Cúpula dos Povos, da Rio +20, sobre
desigualdades e preconceitos, ela bem que poderia ser Valesca Popozuda.
Há tempos ela prega a autonomia feminina, o direito de fazer o que bem
entender com o próprio corpo e sexualidade, e de se ter prazer apenas
pelo prazer.
Recentemente,
ela virou musa gay participando da Parada Gay de São Paulo e está em
vias de contratar uma dançarina transexual para o seu grupo, “A Gaiola
das Popozudas”.
Com letras nada ortodoxas, como a
que diz que “My pussy é o poder”, e um recado que vai direto ao alvo,
Valesca se inspira nas manifestantes da Rio 20+ – aquelas que deixaram
os seios de fora para protestar -, e dá um basta ao preconceito.
Sacanagem ou mensagem política?
“Quando comecei a cantar não tinha
muita noção de quem iria atingir. Só comecei a entender que minha música
poderia ser usada como um discurso quando as próprias mulheres chegavam
para mim e diziam que o que eu cantava dava força para eles fazerem o
que queriam e que eu falava muitas coisas que elas tinham vontade de
falar. Tenho uma música em que falo ‘Agora sou solteira e ninguém vai me
segurar’. É isso! Ninguém tem que mandar em ninguém, cuidar da vida de
ninguém. Elas dizem: sou isso mesmo! Faço o que quiser e o resto que se
f…!”
Valesca por Valesca
“Tem
gente que diz que no palco é uma coisa e na vida real é outra. Eu sou o
que eu canto. Seu eu quiser dar, eu dou e ninguém tem nada a ver com
isso. Na minha vida mando eu. Já fui muito criticada. Aliás, quem não é?
Não adianta nada ter medo da opinião alheia. Todo mundo fala mal de
todo mundo. Até do mais certinho.”
Fama de putona?
“Acho que as pessoas têm que conhecer para poder falar do meu trabalho.
Mesmo assim, não esquento. Vão falar de todo mundo. As críticas me abalavam mais no começo da carreira, mas depois vi que as pessoas que me criticavam não pagavam minhas contas, nem o colégio do meu filho. Então, não estou nem aí.”
Mesmo assim, não esquento. Vão falar de todo mundo. As críticas me abalavam mais no começo da carreira, mas depois vi que as pessoas que me criticavam não pagavam minhas contas, nem o colégio do meu filho. Então, não estou nem aí.”
Xô, preconceito!
“Sonho com o dia que vão parar de
rotular as mulheres de puta ou piranha por causa de sua postura de vida,
por causa de um determinado trabalho, como é o meu caso. Ninguém tem
que julgar ninguém por causa do seu corpo. Por que a mulher que beija
dois é piranha e o cara que beija duas é garanhão?”
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