COPEIRO NÃO QUIS APOSTAR R$ 10 E VIU COLEGAS DE TRABALHO GANHAREM R$ 12,7 mi NA QUINA
Copeiro não quis apostar R$ 10 e viu colegas de trabalho ganharem R$ 12,7 mi na Quina
Copeiro não quis apostar R$ 10 e viu colegas de trabalho ganharem R$ 12,7 mi na Quina.
Inconsolável, o
copeiro Lúcio Flávio Osório, 32, para de tirar chopes e preparar
sanduíches para contar, mais uma vez, a sua triste história.
Ontem,
Lúcio teve que explicar para curiosos o porquê de ele ainda estar atrás
do balcão do Cervantes, tradicional bar na Barra da Tijuca, zona oeste
do Rio de Janeiro.
Minutos antes, 20 funcionários
do mesmo bar haviam pedido demissão depois de ganharem, cada um, R$ 635
mil, fruto de um bolão da Quina de São João. A loteria pagou R$ 89
milhões no último sábado a sete ganhadores.
Eles ganharam R$ 12,7 milhões.
Menos Lúcio e outros 26 funcionários que deixaram de apostar R$ 10 no bolão.
Há
sete anos, desde que a filial da Barra foi inaugurada, os funcionários
fazem bolões frequentes. O mais irônico da história é que Lúcio é
apontado pelos colegas como um dos maiores apostadores do grupo. No dia
em que a aposta estava sendo fechada, Lúcio tinha recebido R$ 10 de um
colega, fruto do pagamento de uma outra aposta -sobre a semifinal da
Copa do Brasil, disputada por Palmeiras e Grêmio (o time paulista levou a
melhor).
"Eu
cheguei a colocar os R$ 10 no bolão da quina, mas peguei de volta
porque estava sem dinheiro para a passagem de volta", disse ele, que
mora em Curicica, bairro humilde da zona oeste, com os pais e seus dois
filhos.
"Com o prêmio eu compraria uma
casa para os meus pais e faria a festa de 9 anos da minha filha", disse,
enxugando os olhos marejados.
DEBANDADA GERAL
Segundo
os funcionários que permaneceram atrás do balcão, os que foram embora
prometeram deixar uma "caixinha gorda" para os colegas. Para o desespero
do patrão, assim que souberam do prêmio, no domingo, 15 dos 20
felizardos pediram demissão imediata. Os sócios conseguiram que os
empregados trabalhassem até o domingo seguinte, mas a movimentação de
equipes de TV, rádios e jornais, ontem, deixou a situação insustentável.
Temendo pela segurança, os empregados debandaram.
"Eles iam continuar enquanto a
gente montava a nova equipe, mas ficaram com medo de sequestros e foram
embora", disse o gerente do bar, Cícero Veloso Dias.
O Cervantes da Barra fecharia
mais cedo ontem por falta de mão de obra. O gerente, no entanto, disse
que as 20 vagas começam a ser preenchidas a partir de hoje.
Conhecido pelos fartos sanduíches de filé mignon, lombinho ou tender, o restaurante já recebeu vários prêmios de gastronomia.
Entre os sete bilhetes que
dividiram o prêmio de R$ 89 milhões da Quina de São João, sorteado no
sábado, estava o de 26 policiais militares do 12º Batalhão de Curitiba.
Eles, no entanto, não convidaram o chefe, o tenente-coronel Guilherme Rocha, para participar do bolão.
E
não é a primeira vez que isso acontece com o comandante. Anos atrás,
policiais subordinados a ele ganharam na Mega-Sena da Virada.
Nas duas ocasiões, diz, não
participou porque não foi convidado. "Não tenho sorte. Ela não está
comigo, mas está bem do meu lado", brinca.
Rocha diz que não está triste
nem arrependido, mas que se tivesse sido chamado teria jogado "com
certeza". Para ele, nem sempre os superiores são avisados sobre os
bolões.
O tenente-coronel assumiu o
batalhão na semana passada. Apesar de não ter ganho, ele acha que será
beneficiado, pois acredita que a bolada vai animar os PMs e evitar uma
rejeição inicial ao "novo chefe".
Por outro lado, diz, houve frustração no batalhão, já que muitos policiais não participaram porque não quiseram.
Nenhum dos 26 sortudos pediu
demissão, faltou nem se atrasou para o trabalho depois do sorteio.
Segundo a PM, cada um ficou com cerca de R$ 488 mil.
Folha
Acesse o Artigo Original: http://www.chamadageralparnaiba.com/2012/06/copeiro-nao-quis-apostar-r-10-e-viu.html#ixzz1zE3d3qeA
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