TEMPESTADE SOLAR PASSA SEM GRANDES DANOS
quinta-feira, 8 de março de 2012
Tempestade solar passa sem grandes danos
Tempestade solar se dissipa sem afetar redes elétricas e de comunicações
Uma
tempestade solar anunciada como a mais forte em cinco anos se dissipou e
terminou sem afetar a rede elétrica e os modernos sistemas de
navegação, afirmaram nesta quinta-feira especialistas dos Estados
Unidos.
Uma
série de erupções no Sol esta semana emitiu radiação e plasma solar a
grande velocidade na direção da Terra, mas, por fim, a tempestade
geomagnética registrou o nível mais baixo, G1, em uma escala de cinco.
"Nossos
meteorologistas realmente tiveram que lidar com isto", disse Joseph
Kunches, cientista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos
Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
A
NOAA havia previsto que a tempestade poderia alcançar o nível três ou
"forte" e que seria a pior desde 2006. A agência espacial americana
(Nasa) havia informado, inclusive, que poderia ser "grave".
"É
muito difícil para os meteorologistas, literalmente quase impossível,
enquanto observam a ejeção de massa coronal que sai do Sol, poder prever
a orientação do campo magnético intrínseco", disse.
Kunches
declarou que não houve informações de interrupção dos sistemas de
geoposicionamento global (GPS), nem de problemas de energia elétrica, e
que a aurora boreal será visível mais ao norte do inicialmente previsto
pela NOAA.
No entanto, afirmou, o impacto pode piorar nas próximas 24 horas, enquanto a tempestade continuar.
A
NOAA e a Nasa advertiram na quarta-feira que a tempestade poderia
afetar os sistemas de navegação GPS, satélites e redes de energia, e que
o fenômeno já tinha levado algumas companhias aéreas a mudar as rotas
de voo próximas aos pólos.
Segundo a Nasa, os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) não foram afetados pela tempestade de radiação.
As
tempestades geomagnéticas e de radiação são cada vez mais frequentes à
medida que o Sol passar de seu período de atividade mínima para máxima
nos próximos anos, mas as pessoas estariam protegidas pelo campo
magnético da Terra.
No
entanto, alguns especialistas estão preocupados porque, como a
dependência da tecnologia de navegação GPS é maior do que era durante o
último máximo de atividade solar, poderia haver mais transtornos na vida
moderna.
A
perturbação começou na noite de domingo em uma região ativa do Sol
denominada 1429, com uma grande labareda solar associada a uma rajada de
vento solar e plasma, conhecida como ejeção coronal de massa, que se
precipitou para a Terra a 6,4 milhões de quilômetros por hora.
Duas
erupções solares e uma ejeção coronal de massa na madrugada da
quarta-feira desencadearam em seguida forte radiação solar e tempestade
geomagnética, ambas no nível três em uma escala de cinco.
A
Nasa indicou que a primeira dessas duas erupções - classificadas na
potente classe X e dirigidas diretamente para a Terra - foi a maior
deste ano e uma das maiores deste ciclo conhecido como mínimo solar, que
começou no início de 2007.
De fato, só foi superado por uma mais forte, em agosto passado.
As labaredas solares só causaram breves apagões de raio de alta frequência, segundo a NOAA.
Kunches
disse que os meteorologistas estavam tentando equilibrar a necessidade
de alertar as pessoas e, ao mesmo tempo, não dar prognósticos que
provoquem falsos alarmes.
"Como
dar uma boa informação aos usuários para protegê-los e que lhes permita
tomar medidas de precaução, sabendo que na realidade poderia chegar a
não ser tão grave como se poderia pensar?", questionou.
"Realmente nos preocupa dar falsos alarmes", acrescentou.
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