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No dia da mulher, jovem procura delegacia para queixae-se que casou há oito dias e já apanhou duas vezes


Trecho do depoimento em que a menor narra o drama de um casamento feito e desfeito em oito dias

Na manhã deste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a jovem J.S.N., de apenas 15 anos, procurou a delegacia de Itaporanga para denunciar o homem com quem recentemente se casou. Segundo a denunciante, que estava acompanhada da mãe, há oito dias contraiu matrimônio religioso, mas já foi agredida duas vezes pelo esposo, J.B.F., cinco anos mais velho do que ela.

O casal reside no loteamento Balduino de Carvalho, em Itaporanga, e as desavenças começaram mesmo antes do casamento. Conforme ainda a vítima, o acusado alega constantemente que ela só casou com ele por interesse em uma moto e em uma casa, nascendo daí e de outros desentendimentos fúteis conflitos constantes e consequentes agressões, a exemplo de puxão de orelha e de cabelo e espacamento. “Ele diz que não quer casar no civil para eu não ter direito à moto nem à casa”, afirmou a jovem durante a queixa. Ela também se queixou que foi ameaçada de morte caso o denuciasse o agressor.

Depois da queixa, a adolescente foi levada ao hospital para exame de ofensa física, enquanto seu esposo está recolhido a uma cela da delegacia, e será indiciado nos termos da Lei Maria da Penha, mas deverá ser liberado para responder ao processo em liberdade, conforme apurou a Folha.

Quanto ao casamento, se depender dos pais da adolescente, o matrimônio vai se encerrar na delegacia mesmo. Os dois namoraram durante mais de um ano por telefone, já que ele trabalha em uma usina canavieira de Minas Gerais, e, no retorno dele à cidade, resolveram se unir, mas o velho imperativo sacerdotal ( “...até que a morte os separe”) ruiu a pancadas. Agressão contra a mulher é o crime mais frequente nas delegacias do Vale.

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