JESUS CRISTO MUDOU MEU VIVER
JESUS CRISTO MUDOU MEU VIVER
A Travessia do Mar Vermelho
Deus não permitiu que o povo seguisse a rota direta ao longo da costa do Mediterrâneo para Canaã, conhecido como "o caminho dos filisteus" (que seria uma viagem de poucas semanas).
Tal
rota era fortemente guardada por soldados egípcios. O povo era
pacífico, acostumado a uma vida servil, ou pastoril. Tinham com eles
suas famílias e o seu gado. Seria fácil desanimarem ao ver a oposição de
exércitos inimigos e debandar de volta à relativa tranquilidade do
Egito.
Se
Deus não nos leva diretamente ao nosso objetivo, não devemos desanimar:
Ele sabe melhor o que existe pelo caminho, e podemos seguí-lO
confiantes em Sua sabedoria.
Tendo
saído de Ramessés e ido para Sucote (40 kms.), continuaram indo para o
sul até Etã (32 kms.). Em seguida, viraram para o norte e foram até
Baal-Zefom (Baal-do-Norte - 40 kms.), voltando quase em linha
paralela ao caminho pelo qual tinham vindo, rodeando perto do mar
Vermelho. Isto Deus fez para confundir o faraó, que pensaria que eles
estavam desorientados, perdidos no deserto.
Apesar
das centenas de anos decorridos desde a morte de José, Moisés não se
esqueceu da promessa antes dele morrer (Gênesis 50:25), e levou seus
ossos nesta viagem. O povo ia em ordem, todos bem organizados, cada um
em seu lugar dentro da multidão.
Para
guiar o povo, o SENHOR ia adiante deles, visível como uma coluna de
núvem de dia, e coluna de fogo à noite, alumiando-os, para que pudessem
andar de dia e de noite. Também temos a sua Palavra que nos alumia o
caminho da vida, disponível a qualquer hora.
Este
povo tinha o que nenhum outro povo jamais teve: a Glória, a presença
visível de Deus (Romanos 9:4). Nem mesmo à igreja foi isto dado na
terra. Deus nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas
regiões celestiais em Cristo (Efésios 1:3). Eles aguardavam a vinda de
Cristo, para nós ela é um evento histórico, no passado. Não precisamos
da presença visível de Deus para andar pela fé.
É
óbvio que a manobra estranha desta multidão pelo deserto serviu para
fazer Faraó e seus oficiais refletirem no prejuízo que iriam sofrer por
terem deixado seus servos ir embora, e tomar a decisão de ir atrás deles
para forçá-los a voltar. Tudo isto estava nos planos de Deus: Ele iria
definitivamente mostrar aos egípcios que Ele é o SENHOR.
O
faraó aprontou seu carro, seiscentos carros escolhidos e todos os
carros do Egito com seus capitães. Cada carro levava dois guerreiros: um
para conduzí-lo e outro para usar as armas que levava, uma espécie de
tanque primitivo. Ele se compunha de um chassis de madeira ou couro
sobre duas rodas, puxado por cavalos. Era uma força poderosa para usar
contra um povo desarmado, a maior parte do qual era composto de
mulheres, velhos e crianças. O faraó não tinha dúvidas quanto ao sucesso
da sua ofensiva.
Com
seu equipamento veloz, o faraó e seu exército facilmente alcançaram os
israelitas, defronte de Baal-Zefom. Vendo-se apertados entre o exército
do faraó e o Mar Vermelho, os israelitas pensaram que iam morrer no
deserto e foram reclamar amargamente a Moisés. Com sarcasmo eles
mencionaram os sepulcros no Egito, pois os egípcios eram notórios por
sua obsessão com túmulos.
Quando
estavam debaixo da dura servidão no Egito, os israelitas haviam clamado
por livramento (Êxodo 2:23). O SENHOR atendera ao seu clamor e os
tirara da servidão. Mas, assim que se sentiram em perigo, temeram a
morte e reclamaram de Moisés dizendo que preferiam a servidão. Eles nada
podiam fazer por si mesmos, e não tinham esperança sem o socorro
divino. É a situação de toda a humanidade, pois o mundo é um lugar sem
esperança: um grande cemitério, pois a maioria pensa que esse é o seu
fim (Romanos 5:12).
Tendo
presenciado a forte mão de Deus em seu livramento, seria de esperar que
teriam suficiente fé nEle para não se desesperarem desta forma. Esta
foi a primeira entre muitas ocasiões em que este povo reclamou contra
Moisés e contra o SENHOR por terem sido tirados da servidão do Egito. É
um exemplo para nós, a fim de que aprendamos a confiar no poder de Deus:
sabendo o que Ele fez no passado, podemos enfrentar as crises desta
vida com confiança, sem medo e reclamações.
Opovo
estava enfurecido e desesperado, mas Moisés os animou a esperar e ver
como o SENHOR iria fazer o livramento para eles. Profeticamente, Moisés
anunciou que este povo nunca mais veria os egípcios depois de seu
livramento.Talvez não sejamos perseguidos por um exército, mas às vezes
nos sentimos cercados pelo mal, num beco sem saída. Sigamos o conselho
de Moisés: não devemos temer, mas confiar no livramento que certamente o
SENHOR nos concederá.
O
SENHOR disse a Moisés para acabar com esse clamor, e tocar o povo para a
frente. A oração tem um lugar importante em nossas vidas, mas devemos
também agir com os meios ao nosso alcance. Às vezes sabemos o que é
necessário fazer, mas adiamos com a desculpa que estamos pedindo maior
direção de Deus.
Parecia
não haver para onde ir, mas o SENHOR mandou o povo seguir, e prometeu
abrir um caminho para eles pelo mar. O Anjo de Deus saiu da frente deles
com a coluna de núvem e se colocou atrás, entre eles e os egípcios,
dando luz aos israelitas através da noite, e escuridão com densa neblina
para os egípcios de forma que não podiam aproximar-se.
Com
a obediência de Moisés e do povo, o Criador dos céus e da terra provou o
Seu domínio sobre o que havia criado: fez soprar um forte vento
oriental que, não somente abriu um caminho através do mar até a outra
margem, mas secou o fundo de forma que todos os israelitas o
atravessaram a pé enxuto.
O
exército egípcio eventualmente descobriu o que se passava, e partiu em
perseguição, indo até o meio do mar. Mas o SENHOR, de madrugada (entre
as duas horas da manhã e o nascer do sol) lhes emperrou as rodas dos
carros (talvez atolando-os), e tiveram que ir devagar, com dificuldade.
Quando estavam desistindo da perseguição o SENHOR mandou que Moisés
estendesse sua mão sobre o mar, e o mar se fechou sobre os egípcios, ao
romper da manhã, morrendo todos os cavalarianos do exército egípcio.
Israel,
no começo da sua viagem para a terra prometida, viu assim o poder de
Deus, não somente remindo os seus primogênitos mediante o sangue do
cordeiro, mas livrando-os do poder dos egípcios mediante o Seu poder.
Isto nos fala da redenção que temos da pena do pecado mediante o sangue
de Cristo, o Cordeiro de Deus, e o livramento do poder do pecado que
está ao nosso alcance mediante o Seu poder supremo, ao seguirmos o Seu
caminho.
Moisés
e os homens israelitas, em sua alegria, compuzeram o primeiro hino que
encontramos na Bíblia, e, segundo os estudiosos, o primeiro registrado
em todo o mundo. Eles então cantaram em louvor ao SENHOR com
acompanhamento de música e danças por todas as mulheres (lideradas por
Miriam [que se traduz Maria], irmã de Moisés, com seus noventa e tantos anos).
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