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CRITICA: AMBIÇÕES VARIADAS NO "BBB"

CRÍTICA: Ambições variadas no 'BBB'

A euforia de Kelly depois de sair da casa do “BBB” anteontem era tão grande que surpreendeu até Pedro Bial. Ele observou: “Você está radiante, nem parece que foi eliminada”. Ela explicou que ter chegado até ali já era a expressão concreta do seu ideal: “Estou muito feliz, independente (sic) de ter saído. Foi um grande sonho que eu passei muitos anos buscando”, disse. De onde se conclui que fatores vistos como meros efeitos colaterais — a hiperexposição que marca a pessoa para sempre, a experiência de fazer parte de um programa de TV etc — podem ser a premiação em si para muita gente.
A “Revista da TV” do último domingo publicou entrevistas com os eliminados da Selva. A repórter Roberta Freire perguntou a cada um deles quais foram os erros cometidos que levaram ao descarte. Pelas respostas, dá para sentir que, embora o milhão e meio estivesse na mira de todo mundo, o sentimento geral é que valeu a pena jogar, mesmo que só até o meio da partida. “Não faria nada diferente, não me arrependo”, disse Yuri. “Se tivesse forçado uma convivência maior com quem eu tinha menos afinidade, poderia ter ficado mais tempo no jogo”, avaliou Renata, afirmando, no entanto: “Preferi ser verdadeira”.
Tudo isso para dizer que todo mundo está ali para ganhar, mas não há hierarquização dos prêmios em jogo, com o pote de ouro no pódio principal. Quando faz a seleção, a equipe de Boninho busca tipos variados. Por experiência, eles sabem que há aqueles com quem o público vai antipatizar. Estes dificilmente chegam à final. É como nas novelas, em que o espectador simpatiza com os mocinhos e quer que, no último capítulo, eles levem a melhor. Mas, no decorrer da história, quem carrega a ação é o vilão, ele, sim, capaz de movimentar o enredo e fazer ferver o sangue das plateias.
Quem tem alma de vilão, mas, espertamente, quer levar a bolada, também tem chances. É uma questão de capacidade de dissimulação. Marcelo Dourado é um exemplo disso. Nesta edição, só os (pelo menos aparentemente) mais bonzinhos estão na final. Perde um pouco a graça, mas fala mais do público do que do programa. O cardápio oferecido no início era bem variado.

Novela das 19h será em Berlim
Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari (colaborador dela em “Anjo mau”, “A muralha”, “Os Maias” e “A casa das sete mulheres”) vão assinar juntos a novela das 19h que virá depois de “A guerra dos sexos” na Globo. A produção será dirigida por Dennis Carvalho. Dia 1 de maio, eles vão para a Alemanha para escolher locações: a lua de mel dos protagonistas será em Berlim.

...E mais
Berlim foi a cidade escolhida por ser a “mais jovem, mais vibrante, mais barata e alternativa da Europa” hoje. Mas a novela será ambientada em São Paulo, com um núcleo no Bairro do Limão, na Zona Norte.

NOTA 10
Para a entrevista de Rafinha Bastos a Marília Gabriela no SBT. A conversa teve momentos ao mesmo tempo tensos e emocionantes. Ele abriu o coração e chorou ao contar do sofrimento da família com as críticas ao seu trabalho.

NOTA 0
Para Ana Maria Braga, que, ontem, mostrou o clipe de “Avenida Brasil” e, ao ver Adriana Esteves, disse que Cláudia Abreu está voltando ao ar depois de quatro anos. Ambas são famosas atrizes da mesma emissora que ela. (Patricia Kogut)

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