O agricultor João Batista, apresentou um cheque no valor de R$ 120, que seria utilizado para pagar um caminhão pipa. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).
Sem o apoio da Prefeitura Municipal e sem previsão para o início da Operação Pipa, os moradores de algumas comunidades rurais de Brumado estão pagando caro para ter acesso a água em suas casas. Entrevistado pelo Brumado Notícias, João Batista, produtor rural da Fazenda Cachoeiro, apresentou um cheque no valor de R$ 120, que seria utilizado para pagar um caminhão pipa, a fim de encher os reservatórios de água em sua residência. Segundo Batista, a água não é tratada, visto que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) não fornece água nessas condições para ser comercializada em caminhões pipa. Em contrapartida, na sede do município, um morador paga em média entre R$ 30 e R$ 50 pela água, que já é tratada. O pequeno produtor rural disse ainda que, quando não tem dinheiro para comprar a água, é preciso caminhar mais de 1 km até um poço de água não potável para retornar com um balde que contém cerca de 50 litros de água, que é posteriormente será utilizada para beber, cozinhar e lavar os pratos. O homem lamentou profundamente o estado de calamidade em que se encontra a região. “Já perdemos a lavoura e estamos com medo de perder a criação. Se continuar assim, nós vamos ter que nos mudar para a cidade”, desabafou.
Produtor Rural lamenta a seca e já fala em mudar para a cidade. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).