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BANDIDOS EXIGEM R$ 1 MILHÃO PARA LIBERAR A MEDICA

Bandidos exigem R$ 1 milhão para libertar médica sequestrada

A médica ginecologista Renata Soraia Alves Costa continua em poder dos sequestradores, que já mantiveram contato com a família da vítima, exigindo um resgate de R$ 1 milhão para liberá-la. A médica, que atendia em um posto da Unidade Básica de Saúde (UBS), no Parque Getúlio Vargas, em Feira de Santana, foi sequestrada no final da tarde da última segunda-feira (27), após deixar o trabalho.
Renata Soraia é casada com o também ginecologista e obstetra itabunense Edson Souza Santos, que se mudou para Feira de Santana há muitos anos. O médico é proprietário da Policlínica Santana, naquela cidade e um dos diretores do Hospital Materday. Uma boa parte da família dele permanece morando em Itabuna. Alguns parentes, inclusive, já viajaram para Feira, a fim de prestar solidariedade ao médico.
Segundo uma amiga da médica, em uma das conversas mantidas com os sequestradores, a Polícia e a família chegaram a pedir uma prova de que a vítima esteja viva, para que se pudesse providenciar o pagamento do resgate, mas até hoje os bandidos não deram qualquer sinal. “O momento é difícil e todos estão muito sensíveis e angustiados com a situação”, descreveu a amiga, que também mora em Itabuna. Ela tem mantido contato todos os dias com os familiares do médico Edson Souza.
Sequestro
Ao que tudo indica o sequestro já havia sido planejado há algum tempo pelos criminosos. No dia em que a médica foi surpreendida pelos bandidos, testemunhas viram quatro homens dentro de um carro Fiat Uno, parado próximo ao posto médico.
Em entrevista ao jornal Acorda Cidade, uma das testemunhas, Tatiana Lopes, afirmou ter visto o momento em que os sequestradores chegarem ao local. Era por volta das 13h, segundo ela. "Eles estavam inquietos e com muita fome. Foram ao mercadinho e fizeram um lanche", disse Tatiana ao AC, reforçando que um deles estava de calça Jeans e o outro de bermuda e camisa listrada.
Questionados sobre a presença deles naquele lugar, um dos sequestradores chegou a responder que estavam esperando por um parente, que estaria sendo atendido no posto.
Assim que a ginecologista deixou a Unidade e caminhou para o seu veículo, um Fusion preto, de placa JRZ 9849, um dos homens foi até ela e, sob a ameaça de uma arma, Renata foi forçada a entrar no Uno. Em seguida, os bandidos fugiram em alta velocidade. Esta foi a versão contada por outra testemunha. O carro da vítima ficou estacionado em frente ao posto, ainda com a porta aberta.
O veículo usado no sequestro foi abandonado nos fundos do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão). Em função do choque provocado pelo desaparecimento da médica, o atendimento na Unidade Básica de Saúde onde ela trabalhava foi suspenso na terça-feira. Os serviços, no entanto, já foram normalizados na quarta-feira (29), de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana. O clima entre os funcionários ainda é de muita tensão.
O caso está sendo investigado pelo delegado titular da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), Ricardo Brito. Por enquanto, as investigações estão sendo mantidas em sigilo, para não prejudicar as negociações.
A médica trabalhava na USB há cerca de quatro anos. A diretora de gestão da Rede Própria da Secretaria Municipal de Saúde, Gilberte Lucas, informou ao Acorda Cidade, que a médica é muito querida na comunidade. "Estamos aguardando as informações e esperamos que não ocorra nada de grave com ela", torceu. Renata tinha acabado de voltar do recesso de carnaval, quando aproveitou a folga para viajar com a família para o Rio de Janeiro. Algumas fotos da viagem foram postadas no
Facebook da vítima.

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