Incêndio em presidio de Honduras deixa ao menos 272 mortos
Incêndio em presídio de Honduras deixa ao menos 272 mortos
Bombeiros trabalham na penitenciária destruída por incêndio nesta quarta-feira (15) em Comayagua, centro de Honduras |
"Estamos falando de um número de 272 detentos que morreram e aproximadamente 50 entre feridos e queimados. Isto é o que nos dizem os médicos forenses e, infelizmente, o número poderá ser maior", afirmou Bonilla, falando no centro penitenciário, situado perto da base aérea militar americana de Palmerola
Balanço anterior falava de duzentos detentos mortos e dezenas feridos no incêndio na prisão de Comayagua, região central de Honduras, conforme informou nesta quarta-feira o diretor dos Centros Penais, Danilo Orellana, em um relatório preliminar.
O comissário de Direitos Humanos, Ramón Custodio, disse que uma contagem deu pela falta de 357 presos, mas que é cedo para dizer que todos eles estão entre as vítimas.
Muitas das vítimas estavam nas celas no momento do incêndio.
O fogo espalhou-se por vários blocos do presídio.
A cadeira abriga cerca de 850 presos, de acordo com as autoridades, muito mais do que a capacidade.
As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas, segundo Orellana.
Chance de fuga
Segundo relatos, alguns detentos que conseguiram escapar das chamas aproveitaram para fugir da prisão pelo telhado.
A área do centro penal está fortemente protegida pelo Exército e pela polícia, e vários familiares dos presos permanecem do lado de fora da instituição à espera de notícias.
"Meu irmão Roberto Mejía estava no módulo seis. Disseram que todos desse módulo morreram", declarou Glenda Mejía, muito abalada.
A seu lado, Carlos Ramírez também esperava notícias de seu irmão, Elwin, detido por assassinato e que também se encontrava no módulo seis. "Não nos dizem nada", reclamou muito nervoso.
A prisão é um complexo agrícola localizado a 500 metros da estrada que une San Pedro Sula, a capital econômica de Honduras, e Tegucigalpa, a capital política.
Neste centro penitenciário os detentos se dedicam, entre outras atividades, ao cultivo de hortaliças e criação de porcos.
Em maio de 2004, mais de 100 presos morreram carbonizados em um incêndio no presídio de San Pedro Sula, devido, segundo as autoridades, a problemas estruturais da prisão.
Honduras conta com 24 estabelecimentos penitenciários com capacidade de albergar 8 mil pessoas, mas a população carcerária ultrapassa as 13 mil pessoas.
O país tem uma elevada taxa de homicídios, e o sistema prisional sofre com constantes brigas de gangues.
Fonte: G1
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